quinta-feira, 11 de setembro de 2014

MAIS UM 11 DE SETEMBRO

Assinalar mais uma vez a data do 11 de Setembro ganha contornos dalguma novidade que nem nas terras do Tio Sam parece ter passado despercebido.


Após uma primeira fase onde se sucederam as iniciativas para um entendimento mais profundo dos factos e que contribuíram grandemente para o esclarecimento de muita da desinformação que desde a primeira hora rodeou o atentado contra as Torres Gémeas, processo que continua a ser regularmente alimentado por novas notícias, como a que assegura que «Treze anos depois, Egipto diz que EUA ignoraram alerta», contrariando a tese oficial que além de atribuir a responsabilidade à Al-Qaeda ignora factos controversos e mantém dúvidas fundamentadas sem resposta (ver a propósito os “posts«NINE ELEVEN Parte I», «NINE ELEVEN Parte II», «NINE ELEVEN Parte III», «11 DE SETEMBRO DE 2001» e «A PROPÓSITO DO 11 DE SETEMBRO»).

Consequência da inflexível postura neoconservadora foi ainda a catastrófica resposta que foram as invasões do Afeganistão e do Iraque, que poderão ter gerado milhares de milhões de dólares de lucros nos sectores económicos ligados à indústria militar e às múltiplas facetas da reconstrução que se lhe segue mas que alimentou igualmente o proselitismo dos radicalismo islâmico. Afinal as invasões e a panóplia de agressões e arbitrariedades que as acompanharam foram o que de melhor lhes podia ter acontecido pois passaram a constituir a comprovação da propaganda com que ambicionam incendiar a opinião pública islâmica.

Os recentes desenvolvimentos no Crescente Fértil, a entrada em cena dum novo actor (o ISIS) no já muito complicado xadrez geoestratégico na região e a inevitável comparação entre a sua génese e a da Al-Qaeda (ambos os movimentos receberem apoio mais ou menos formal de Washington para funcionarem como braço-armado ao serviço dos seus interesses conjunturais) não está a passar em claro, nem nos meios de comunicação norte-americanos.


E se algumas constituem referências mais ou menos discretas, outras apontam claramente a origem ao sector neoconservador que marcou a agenda política durante a administração de George W Bush colocando o surgir da besta na sua sombra directa e marcando uma possível flexibilização da opinião pública norte-americana sem reflexos ainda numa política externa que tarda em formalizar soluções duradouras e mantém o Mundo numa situação de insegurança, que apenas pode ser intencional!

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